Em 1991 eu servia à Aeronáutica no 1º/6º Grupo de Aviação situado na Base Aérea do recife. Não tenho muita saudades deste período de minha vida, pois hierarquia militar nunca foi meu forte. Mas algo realmente muito bom deste período para mim foi a criação de um personagem pelo qual passei a nutir um imenso carinho.
O Saniverso (como chamo carinhosamente o meu universo de Super-Heróis, que inclui os já publicados Invulneráveis), estava em fase de estruturação e eu queria criar um personagem que se tornasse o "centro das atenções" ou o maior destaque, algo que ligasse todo o universo. Foi então que surgiu o CONVERT.
Inspirado ainda fortemente pelas publicações Marvel e DC (como todo aquele que entra nesse mundo dos quadrinhos tem obrigatoriamente que tomar conhecimento destas duas grandes empresas de quadrinhos) dei este nome ao personagem por não acreditar muito que um super-herói com nome em portugês chamasse atenção dos leitores. Mas as aventuras do Convert passavam-se em Recife, Pernambuco, minha terra natal, embora nem sempre eu tivesse esta intenção nas minhas primeiras Hq's produzidas. Nas Hq's anteriores, pra se ter uma idéia, até então meu personagem principal era o Spider Boy, hoje conhecido com Aracnídeo Vermelho, integrante dos Invulneráveis cujas histórias estão sendo publicadas no site HQ Nado (http://www.hqnado.com/). E a identidade secreta do "Spider Boy" era Kenneth Willer, detetive particular de uma agência de detetives particulares chamada A.O.D.P. (Agência Organizada de Detetives Particulares). As aventuras passavam-se em Nova Iorque, e tudo isso aconteceu por volta de 1985 a 1989.
Voltando ao "Convert", decidi então que ele seria eu, ou que eu seria ele, se é que me entendem. Sempre quis ser um Super-Herói e muitas vezes na minha infância e adolescência me imaginava voando sobre a cidade, disparando teias sobre prédios e combatendo o crime. Sonhos de criança que decidi transformar em aventuras de papel. A primeira edição mostrava toda a origem do personagem de uma vez só com elementos que hoje fariam rir o mais sisudo dos leitores, a começar pelos próprios poderes do Convert: ele podia se transforma em qualquer coisa: desde uma mosca, um cachorro, uma bola e até um poste ou um carro, ou ainda transmutar o próprio corpo em água, manteiga, madeira, açúcar, etc. Curiosamente ele não voava a não ser quando se transformava em pássaro.
Seus coadjuvantes eram meus próprios amigos da escola e a namorada era uma jovem que eu namorava na época, chamada Neide. Sua família e vizinhos também faziam parte do "cast" do personagem. Quem acompanha pelo HQ Nado já viu a apresentação de Simone na segunda história do Conversor. Pois bem, nessa primeira história Simone já aparecia, mas não como namorada co Convert e sim como alguém que se apaixonara por ele após não aceitar namorá-lo. Aparecia também Rinaldo, que aparece em Conversor 2 do HA Nado.
E a origem? Pois bem, tudo começou quando o jovem Sandro Marcelo (eu, claro) após fortes crises de dores de cabeça, descobriu que aos dezoito anos de idade tinha um câncer inoperável no cérebro (eu nunca tive, mas o persoangem teve). Como na época ele servia à Aeronáutica (assim como eu) foi tratado no HARF (Hospital de Aeronáutica do Recife) sendo, para tanto, internado. O tratamento ministrado compreendia injeções de uma droga chamada Mutacil que alterava a estrutura celular, enfraquecendo as células para que um raio laser especial chamado Cânceron, destruisse com precisão estas células midificadas. Contudo a droga estava vencida e suas propriedades oroginais foram corrompidas, causando uma alteração celular inexplicável que entou em choque com o raio Cânceron, alterando toda a estrutura genética do rapaz. Assim, enquanto estava inconsciente seu corpo assumiu várias formas, entre elas a de um cachorro e em seguida a de uma bola. Ao despertar foi colocado sob os cuidados do psicólogo Capitão Braga, personagem este realmente fictício.
A inclusão do Chip de controle também é dos primórdios da criação do Convert, ou seja, eu fazia isso antes que o Tiago Santiago, pontanto ninguém pode me acusar de plagiá-lo, rsrsrsrsrs! O Chip foi colocado pelo Tenente Borba, personagem que seria de fundamental importância até o final da trama, por ordem do Major Lopes, já conhecido dos leitores que leram no HQ Nado. A edição ainda apresentava conflitos com meu pai que eu tinha na época e minha visão dele que era um tanto quanto pesada, em virtude dos problemas familiares que tivemos na época. Nas edições atuais será abordado, mas de forma bem mais adulta e respeitosa, afinal hoje embora não concorde com certas atitudes, comprreendo perfeitamente meu pai. E o amo!
O Projeto Metagenoma era abordado de forma muito vaga nesta primeira história, mas isso é assunto para a próxima postagem. Vou ficando por aqui e até a próxima!
VIVA OS SUPER-HERÓIS BRASILEIROS!